A força de trabalho do estado de São Paulo diminuiu 9,1% no segundo trimestre, na comparação com os três meses anteriores. A informação é da Fundação Seade, que atribui o resultado à queda na ocupação causada pela pandemia de coronavírus.
No segundo trimestre, 2,3 milhões de pessoas perderam o emprego no estado. A redução da ocupação, segundo a Seade, atingiu principalmente o comércio, com queda de 25% em relação ao total ocupado no primeiro trimestre.
Nos serviços de alojamento e alimentação, a queda foi de 15%, na indústria de transformação, 13%, nos serviços domésticos, 11%, e na construção, 10%.
O total de ocupados foi estimado em 19,9 milhões de pessoas (-10,5% em relação ao primeiro trimestre). Das 2,3 milhões de ocupações que foram reduzidas, 1,3 milhão contribuíam para a previdência social e 1 milhão não contribuíam.
DESOCUPAÇÃO
A taxa de desocupação no estado de São Paulo passou de 12,2% para 13,6% entre o primeiro e o segundo trimestre. Segundo a Fundação Seade, “o isolamento social decorrente da pandemia de covid-19 limitou a busca por trabalho”.
RENDIMENTO
O rendimento efetivo médio diminuiu 16,7% para os empregados com carteira assinada e 3,2% para os que não tinham carteira assinada.
A maior perda de rendimentos aparece entre os trabalhadores por conta própria, categoria com queda de 27,9%.
Outro dado preocupante é o aumento daqueles que não tiveram rendimento, que praticamente triplicaram na comparação entre o segundo e o primeiro trimestre do ano.
O número de ocupados sem rendimento algum cresceu de 456 mil para 1,2 milhão de pessoas.