Diante da determinação de fechamento do comércio feita pela Prefeitura de São Paulo a partir desta sexta-feira (20/3), o presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Alfredo Cotait Neto, reforça a importância da mobilização imediata das esferas governamentais na redução dos riscos ocasionados pela pandemia de coronavírus (Covid-19) para empresários e seus colaboradores.
“É preciso que o Congresso adote medidas rápidas para que os empresários possam postergar o pagamento de impostos e resistam ao período de baixo faturamento. As empresas podem não aguentar uma paralisação tão longa. Temos de ter um olhar cuidadoso, principalmente para que as micro e pequenas empresas não quebrem”, diz Cotait.
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Para ele, diante do cenário atual, pode ocorrer a alta do desemprego, por isso é preciso que as autoridades governamentais ajam com rapidez para mitigar e impedir o avanço desse processo. “Uma medida que precisa ser decidida o mais breve possível é a situação dos profissionais com registro CLT. Acredito que será uma boa alternativa a proposta em estudo que visa suspender o vínculo empregatício vigente e liberar o seguro-desemprego por até 90 dias”.
Em consequência ao fechamento do comércio, as pessoas vão circular menos pelas ruas, o que pode beneficiar o comércio eletrônico. “As empresas que já trabalham com e-commerce largam na frente e terão boas condições de ajudar a população a ter suas necessidades atendidas. O segmento é o mais adequado para fazer o atendimento da população, principalmente daqueles que estão resguardados, pois tem condições de atender à demanda, e será fundamental para evitar que ocorra o desabastecimento”, explica o presidente da ACSP.
“Tínhamos uma previsão de crescimento de 12% entre 2019 e 2020, segundo a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). Mas este número deve ser superado, e muito, com toda esta crise”, estima Danilo Dupas, professor da Faculdade do Comércio de São Paulo (FAC-SP).
FOTO: Arquivo DC