O setor têxtil de São Paulo deve receber uma nova oferta de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) por meio do Desenvolve-SP - banco de fomento do governo paulista na próxima semana.
Segundo o Sindtêxtil-SP, em uma reunião do Comitê Empresarial Econômico do Governo do Estado de São Paulo, o Desenvolve-SP informou que o BNDES fará um aporte "significativo" a ser destinado ao setor.
Por meio da Frente Parlamentar pelo Desenvolvimento do Setor Têxtil e de Confecções do Estado de São Paulo, a demanda de crédito apresentada foi de R$ 500 milhões. Ainda não se sabe, porém, qual valor o banco de desenvolvimento deve conceder.
O pedido da frente parlamentar coordenada pela deputada Carla Morando (PSDB) foi encaminhado no dia 6 de junho. O documento reforçava a demanda R$ 1,5 bilhão do Desenvolve-SP ao BNDES e acrescentava ao pedido R$ 500 milhões para serem destinados ao setor têxtil e confecções.
"Há mais de um mês encaminhamos esse pedido para um setor que teve sua produção de varejo reduzida em mais de 41% na pandemia, emprega 450 mil pessoas em sua maioria, mulheres", diz a deputada.
O presidente do Sindtêxtil-SP, Luiz Arthur Pacheco, diz que os recursos devem ser destinados a micro e pequenas empresas, que representam 75% do setor de confecção.
Ainda não há detalhes oficiais sobre valores, mas existe a possibilidade que a cada R$ 1 de aporte do Estado São Paulo, o BNDES aporte R$ 4. Ainda assim, a expectativa é de que haja limite de faturamento para adesão a essa linha de crédito, o que impediria o acesso de empresas de médio porte. Hoje, essas empresas são as que mais encontram dificuldades para conseguir dinheiro no mercado.
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