As vendas do Dia das Crianças devem ser 4,8% menores na comparação com o resultado alcançado em 2019. A expectativa é da Confederação Nacional do Comércio (CNC).
Se confirmada, será a primeira retração das vendas na data desde 2016, quando caíram 8,1%, já descontada a inflação.
O Dia das Crianças é a terceira data mais importante do calendário do varejo nacional, atrás apenas do Natal e do Dia das Mães. A previsão é que as vendas resultem em R$ 6,2 bilhões neste ano.
A maior parte das compras serão realizadas em hiper e supermercados, que concentrarão 70% das comercializações segundo a CNC. Nesse segmento, a expectativa é de alta de 3,2% nas vendas, alcançando R$ 4,4 bilhões. Deve ser o único a crescer.
Outros segmentos que costumam se beneficiar do aumento sazonal das vendas nesta época do ano tendem a ter perdas.
A Confederação projeta queda de 2,5% nas vendas de brinquedos e eletroeletrônicos. No caso das livrarias e papelarias, o recuo esperado é de 9,9%. Em lojas de vestuário e calçados, queda de 22,1%.
AUXÍLIO EMERGENCIAL
Para a CNC, o ritmo da economia está distante do patamar anterior ao da crise da covid-19. O desemprego elevado, assim como o crescente nível de informalidade, tem impacto negativo na renda e, consequentemente, no consumo.
Segundo a entidade, a queda do auxílio emergencial a partir de setembro também “deverá dificultar a retomada das vendas mesmo em um cenário de inflação e juros baixos”.