O comércio eletrônico paulista faturou 23,8% a mais no terceiro trimestre de 2020, em comparação com o mesmo período do ano passado. No intervalo analisado, o setor faturou R$ 6,87 bilhões, R$ 1,3 bilhão acima do resultado de 2019.
Os dados são da Pesquisa Conjuntural do Comércio Eletrônico (PCCE) da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), realizada em parceria com EbitNielsen.
Para a Fecomércio, os números devem permanecer positivos com as compras de Natal e o balanço da Black Friday, ocorrida na última semana. No entanto, o resultado registrado é menor do que o do segundo semestre, quando o setor cresceu 54,4% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Considerando apenas o acumulado de 2020, o crescimento no faturamento real do e-commerce no Estado de São Paulo é de 30,9%, em comparação a 2019 - um aumento de R$ 19,9 bilhões.
Para a entidade, "os dados reforçam o entendimento de que o comércio eletrônico foi fundamental para gerar renda e garantir a sobrevivência dos negócios que tiveram de fechar as portas em meio à pandemia. Além disso, aponta para a importância de promover uma digitalização dos negócios, como abrir uma comunicação mais fluida com os clientes via redes sociais, aplicativos e marketplaces".
No terceiro trimestre, a Fecomércio aponta que o aumento foi encabeçado principalmente pelo desempenho de bens duráveis, que representaram um faturamento de R$ 4,9 bilhões no período - 36,5% a mais do que no terceiro trimestre de 2019.
O movimento se explica pela necessidade de as pessoas, em quarentena, ajustarem os itens domésticos, tanto para o trabalho como para a educação a distância. A Pesquisa Conjuntural do Comércio Eletrônico (PCCE) é realizada trimestralmente pela FecomercioSP a partir de informações fornecidas pela EbitNielsen.