A quarentena começa a ser flexibilizada e o consumidor está, aos poucos, retornando às lojas. Mas, calma! Não é ainda o momento para fazer novas dívidas ou usar o limite do cartão de crédito.
Os gastos devem ser muito bem pensados porque o que acontecerá com nosso emprego e com nossa renda no futuro próximo ainda é incerto.
O mercado de trabalho sofreu muito efeitos da pandemia do coronavírus com uma série de mudanças, como teletrabalho, demissões e redução de jornada e de salários. Como ainda não se tem previsão concreta de quando o isolamento social será definitivamente abandonado, pode ocorrer que quem manteve o emprego não consiga segurá-lo por muito tempo.
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Então, é melhor fazer reserva financeira se o orçamento doméstico não está consumindo toda a renda da família para garantir lá na frente os pagamentos das contas básicas. Fazer novas dívidas pode consumir este dinheiro que fará falta lá na frente.
Mesmo se a quarentena for suspensa totalmente, a retomada econômica pode ser lenta, uma vez que já vínhamos de uma crise financeira e com alto número de desempregados, que cresceu ainda mais com a pandemia. Então, conseguir emprego novo rápido não será algo tão fácil.
Se você não aguentar a abstinência de compras, pense que poderá não ter daqui para frente plano de saúde, caso tenha perdido o emprego. E precisará ter uma reserva financeira se alguém da sua família, ou você, tiver algum problema de saúde repentino.
Antes de fazer nova dívida, organize seu orçamento doméstico e priorize pagar integralmente a fatura do cartão de crédito, evitando o crédito rotativo e o consequente aumento desta dívida. E procure não atrasar os financiamentos e crediários que já estão em andamento. Assim, quem sabe, você conseguirá sair deste momento complicado com um nível menor de endividamento.
Com a pandemia, foi nos dada uma oportunidade para repensar nossos gastos. Vamos aproveitar e aprender, olhando as fontes das dívidas para que elas não voltem a atormentar nosso sono lá na frente.
O momento é de pensar os próximos meses e a preferência é segurar o dinheiro para pagar aqueles gastos que continuam acontecendo, como compra de supermercado, transporte público, contas de água, luz, gás, telefone. Fazer nova dívida poderá comprometer a vida da família toda ao não ser possível a garantia do básico.
Quanto às dívidas de financiamento e crediário já existentes, deve-se partir para a renegociação com os credores, mesmo se tiver uma reserva para pagar agora.
Os bancos, locatários e credores, de maneira geral, estão flexibilizando o diálogo para a renegociação de débitos durante a pandemia.
Solicitar a pausa no financiamento da casa pode ser uma boa opção, uma vez que este crédito é relativamente barato, ou seja, tem juros baixos. A pausa está sendo oferecida por vários bancos.
Só que de nada adiantará pausar as prestações e usar o dinheiro para fazer novas compras. Se houver a possibilidade, guarde o valor para o momento em que necessitar.