14 Jul 2020 - hHRS

Maio aprofunda queda do setor de serviços


Em maio, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o volume de serviços prestados mostrou recuo de 19,5% sobre o mesmo mês de 2019, abaixo das previsões do mercado (ver tabela abaixo), estabelecendo novo recorde negativo.

No acumulado em 12 meses, também houve retração, que alcançou a 2,7%, intensificando o recuo observado na leitura anterior. O fato de ser o mais atingido pelo isolamento social, decretado para combater a pandemia, além da redução dos salários e do emprego, explicam essa intensificação da contração da atividade do setor.

Na comparação anual, todas as cinco atividades consideradas na pesquisa do IBGE apresentaram forte diminuição. Os maiores impactos negativos vieram dos serviços prestados às famílias (hotéis e restaurantes), transportes (principalmente aéreo), serviços profissionais, administrativos e complementares (serviços prestados a empresas) e
serviços de comunicação (TV por assinatura, cinemas e eventos). O agregado do turismo também continuou caindo fortemente, afetado negativamente pela redução dos serviços de hotéis, transporte aéreo, locação de veículos e restaurantes.

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Em síntese, em maio, o setor serviços continuou aprofundando sua contração. A recuperação do setor ao longo do ano deverá ser muito gradual, pois apesar da flexibilização do isolamento social, as reduções do emprego, da renda e da confiança do consumidor deverão provocar diminuição em sua demanda. Espera-se que a redução da taxa de juros básica (SELIC), por parte do Banco Central, e a maior concessão de crédito para as empresas de menor porte, as principais geradoras de emprego, possam contribuir para acelerar essa recuperação.

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