18 Dez 2019 - hHRS

O dinheiro está curto. Mas não vai faltar presente neste Natal.


A crise levou o consumidor brasileiro aos mais baixos índices de confiança dos últimos 15 anos. Os números confirmam: dados do Índice Nacional de Confiança (INC) da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) mostram que, apesar de algumas variações e ligeira melhora, desde abril deste ano o indicador tem se mantido abaixo dos 100 pontos (no campo do pessimismo).

Mas, mesmo com um consumidor de confiança mais em baixa em sua percepção sobre a economia em geral e cauteloso quanto ao futuro - ou seja, sobre sua situação financeira pessoal, o que exige dos lojistas um conhecimento maior do seu cliente para planejar estratégias para reforçar as vendas -, uma coisa é certa: não vai faltar presente neste Natal.

Pesquisa da startup de pesquisa Hello Research, "O brasileiro e as compras de Natal", aponta que 70% dos consumidores pretendem presentear alguém neste fim de ano. Tanto que a maioria se programou, sabe quem vai ganhar o presente e fez reservas para esse tipo de compra. "Mesmo com um contexto de recessão e pessimismo, o Natal é um momento muito importante e valorizado, e a troca de presentes faz parte da comemoração", afirma Stella Matos, presidente da Hello Research.

Mais uma vez os dados reforçam esse contexto, já que 91% dos entrevistados não dispensam essas comemorações e pretendem passar a data em família. Outros 60% declararam que fazem questão de dar presentes para quem gostam. Os filhos, aliás, serão os que mais presenteados, de acordo com 45% dos entrevistados. Na sequência, vêm as mães (43%).

Quanto ao perfil de quem vai presentear, 79% são adultos maduros entre 35 e 59 anos, seguidos pelos de 60 ou mais (75%) e, depois, os de idade entre 25 e 34 anos (66%). Entre os que têm filhos até 12 anos, essa disposição é maior para 64% dos entrevistados, já que a sensibilidade em relação ao momento é maior e se reflete na compra de presentes.

Os participantes declararam ainda que, depois da crise, 30% diminuíram a quantidade de presentes das festas de fim de ano - principalmente na classe C (61%), que é a que mais sente seus efeitos. Mas, mesmo assim, a data não passa em branco.

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