A Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp) solicitou que o Estado seja dividido em novas microrregiões para que a análise de flexibilização do avanço da covid-19 seja mais justa.
A proposta apresentar é para a criação de novas sub-regiões nos Departamentos Regionais de Saúde (DRS) que compreendem, principalmente, o Interior de São Paulo, assim como ocorreu na Grande São Paulo no final de maio.
Um ofício, assinado por Alfredo Cotait Neto, presidente da Facesp, foi encaminhado ao governador João Doria, ao secretário estadual da Habitação Flavio Amary, e à secretária de Desenvolvimento Econômico Patrícia Ellen.
Assim como ocorreu na Grande São Paulo, com a divisão será possível ter uma análise ainda mais precisa de critérios técnicos de saúde, classificação de fases de retomada consciente da economia e a definição apropriada para cada região.
“Desde a primeira versão do Plano Facesp, elaborada em abril de 2020, solicitamos a verticalização do Interior do Estado, com o faseamento de regiões obedecendo critérios epidemiológicos presentes naquela data. Com efeito, o fechamento prematuro das cidades enfraqueceu a economia que, agora, com a quarentena mais rígida, motivada pelo avanço da covid-19, fez com que os municípios, paralisados há 120 dias, se encontrem em uma situação extremamente delicada e crítica. Assim, o vírus chega ao Interior em um momento de fragilidade econômica”, destaca o documento encaminhado nesta quinta-feira (02/07).
De acordo com a Facesp, o sistema de sub-regiões na Grande São Paulo apresentou resultados positivos. “Nenhuma das cidades que compõem as cinco microrregiões retroagiram de fase, de acordo com o Plano São Paulo. Pelo contrário, todas se mantiveram ou avançaram em suas respectivas fases. Logo, o mesmo deve ocorrer com o Interior, quando houver equidade na análise do avanço da Covid-19 por sub-região”, ressalta a Federação no ofício.
A Facesp avalia que há uma “heterogeneidade nos Departamentos Regionais de Saúde, com composição que varia de nove municípios por DRS (IV - Baixada Santista) até 102 municípios (XV – São José do Rio do Preto)”. “Desta forma, vários municípios pertencentes, por exemplo, ao DRS XVI - Sorocaba, que abrange 48 cidades, estão sendo ‘contaminados’ pela situação crítica do maior município da região, no caso, Sorocaba. O mesmo ocorre o DRS VII - Campinas, onde cidades menores são impactadas por Campinas, ou no DRS IX - Marília, entre outras”.
Segundo o documento encaminhado pela Facesp, “dada a situação de inomogeneidade nos municípios que compõem os DRSs, a Facesp sugere que o governo estadual apresente um plano micro regionalizado para cada Departamento de Saúde, principalmente, naqueles com número excessivo de municípios”.
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